As pedras existem há muito tempo, em muitos lugares. Elas não são exclusividade da Terra. Aqui, com elas, fizemos estradas, prédios, ferramentas… em Marte ou até onde nossa vista alcança são meros artefatos de decoração em uma superfície morta (ou não).
Antigamente, (aliás, bem antigamente) até que nenhum ser humano tenha pegado um pedra pela primeira vez para jogar contra um dos animais que queria devorá-lo, as pedras não tiveram muito sentido. Foi então que um sujeito pegou os tais pedaços de rocha para se defender e por acaso esfregou um no outro. Descobriu o fogo, depois lascou, poliu, enfim… essa história já conhecemos.
O ato de evoluir não mudou tanto assim desde as primeiras fagulhas. Mudaram os instrumentos. Hoje esfregamos tecnologias umas nas outras, e com a liquidez inflamável da vida fazemos, no século XXI, uma chama para aumentar ainda mais nossa velocidade de evolução.
Temos a internet e pessoas. Claro que somente poder contar com esses dois elementos não basta para que a vida política tome outro rumo e a participação social ocorra abundantemente. O que podemos fazer então é pegar a pedra da democracia e jogar dentro da rede mundial de computadores. Nesse sentido, já fizemos sair alguma fagulha, mas é claro que queremos ver uma chama e depois um incêndio de participação social nas tomadas de decisões.
Depois de tantos anos da primeira faísca, nós, seres humanos, aprendemos que podemos usar nossas “pedras” de hoje para fugir de “predadores”. O que ainda não sabemos é qual será a reação química que vai acontecer quando esfregarmos essas “pedras”. Da última vez, descobrimos como dominar o mundo. Desta, quem sabe, podemos descobrir como fazer dele um lugar mais justo.
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