Vó Hilma (esquerda) junto com a Sebastiana; por mais de 40 anos, preparou sua tradicional nega maluca. Sebastiana (direita) continua a tradição.

A Ethymos lembra nesta quinta-feira, dia 22, um mês do falecimento da Vó Hilma. A data tem, para todo o time Ethymos, os mesmo condimentos que a nega maluca das quartas-feiras, feitas por ela durante 40 anos ininterruptos para adoçar a vida de crianças (e adultos).

Na receita do bolo, que está no imaginário de todos aqui, sabe-se que há também uma pitada de sal, o mesmo das lágrimas. É a ponta de tristeza que uma pessoa boa deixa quando sai materialmente das nossas vidas. Mas a massa pronta, que é a soma de todas as lembranças, tem a alegria e o gosto da cobertura de chocolate, tão disputada e sempre um pouco menor do que o bolo.

Vó Hilma fez parte de várias “galeras” (como ela gostava de falar), não só da Ethymos. Fez parte de um grupo de pessoas que encontramos poucas vezes na vida, das que têm valores diferentes para palavras como amor, bem e amizade.

Da sua família saíram educadores, bibliotecários, engenheiros, torcedores do Coxa e pessoas que têm nela uma grande referência. E não só para a família. Quem nem conheceu a mulher forte, e ao mesmo tempo acolhedora, leva a memória cultivada, por quem esteve próximo, como exemplo de trajetória de vida.

Nós registramos essa data para retribuir do nosso jeito a gratidão pelas inúmeras vezes que Vó Hilma adoçou nossos dias. Nós sempre guardaremos os farelos da alegria das quartas em nossos teclados e corações, e só usaremos o sal porque é inevitável.