Como representantes e integrantes de uma legião de seres humanos, temos algumas manias. Manias que vão além de coçar o ouvido com a chave do carro, ou deixar a toalha molhada na cama. Todas as coisas com as quais convivemos diariamente são resultantes de processos históricos, inclusive toalhas molhadas e chaves. O ser humano não seria nada sem sua história. Nossa história.

A palavra-chave para uma coexistência social tal qual conhecemos é acúmulo. Acúmulo de experiências, de pensamentos, de sentimentos e de uma infinidade de outras coisas. E o bacana disso é que não usamos as coisas só para coçar a orelha ou irritar a pessoa que sempre tira a toalha da cama. Menos mau, não?

Uma parte dessa questão tão “grandiloquente” que envolve – entre muitas outras coisas – emoções, orelhas e fechaduras é investigada pelo ramo científico ao qual se deu o nome de “Etimologia”. Esse recurso é muito mais do que aquela forma pronta pra uma piada com seu amigo, inventando que o nome dele vem do “grego Cornus”, que quer dizer “exatamente o que parece”.

Usando os recursos etimológicos na palavra etimologia, percebemos que ela se forma da junção de duas palavras gregas: “Ethymos” (verdadeiro) + “Logos” (voz ou verbo). “É a alma e a vida, através de signos, de uma palavra. Não pode ser esquecido ou contradizer”. A frase é de um jornal antigo da Argentina que foi encontrado por acaso em PDF e perdido em uma formatação de computador (isso é uma demonstração de como nossa noção de acúmulo de conhecimento muda ao longo dos anos, assunto pra outro texto).

Nossa essência, então, materializada na palavra “Ethymos”, faz sentido somado à “Logos” (voz ou verbo). A existência de um grupo de pessoas que quer ajudar a ampliar a voz de todos democraticamente e para isso age em várias frentes. O que fazemos é tornar verdadeiro o sonho de tanta gente que atua por um mundo mais justo, somando verbos e vozes às verdades que criamos juntos.